terça-feira, 30 de agosto de 2011

Tekkon Kinkurīto (2006)






Michael Arias é mais conhecido por trabalhar na área dos efeitos visuais ou por ter sido um dos produtores de Animatrix.
Com Tekkon Kinkurīto brinda-nos com a sua primeira longa-metragem.

sábado, 27 de agosto de 2011

Akira (1988)



A mangá Akira (1982-1990) da autoria de Katsuhiro Otomo foi o meu primeiro contacto com o mundo da BD japonesa. Um golpe fortuito do destino, pois na altura não havia mangá disponível (pelo menos que eu encontrasse). Por isso tive sorte quando me ofereceram o 1º e 2º vol. de uma edição brasileira de Akira.
Durante muitos anos fiquei a sonhar com esta história e como se desenrolaria até à sua conclusão. Eventualmente anos mais tarde, consegui terminar a colecção e ainda hoje se trata de um dos meus mangás predilectos, um clássico, uma obra-prima.
Pelo caminho assisti a este filme realizado pelo próprio autor do mangá, Katsuhiro Otomo.

Para contar a história de Akira num filme, esta teve de ser drasticamente condensada quando comparada com o mangá. E por isso a segunda metade do filme diverge consideravelmente.
Preferindo a versão do mangá porque tem mais tempo para desenvolver a história, o filme de Akira não deixa de ser um portento e um dos mais icónicos filmes deste género de sempre que tem influenciado e continua a influenciar os mais variados cineastas.



Pertencente ao género cyberpunk, Akira decorre no futuro ano de 2019 em Neo-Tóquio, uma nova cidade que se ergue das cinzas de Tóquio destruída há 31 anos atrás. Destruição essa que levou à 3º guerra mundial.

A história tem início com Kaneda e Tetsuo, dois grandes amigos que pertencem a um gang de motoqueiros liderado pelo carismático Kaneda. Dois amigos separados ao início e que estão destinados a confrontar-se no futuro, como tantas e tantas vezes tem decorrido na ficção. Pois Tetsuo não é um miúdo comum. Após um acidente de mota o Colonel Shikishima e o Doctor Onishi descobrem que Tetsuo possui poderes psíquicos similares aos de Akira, a criança mais poderosa a pisar a Terra e que foi a causadora da destruição de Tóquio. A partir daqui Tetsuo nunca mais será perdido de vista, o seu potencial é imenso e tem de ser controlado.



Entretanto Kaneda alia-se a um grupo de rebeldes (muito por causa da bela Kei) a fim de encontrar o seu amigo (Tetsuo) mantido prisioneiro pelo temível Colonel Shikishima.

Concluindo, na minha opinião é um filme obrigatório pois quem é fã de animé e nunca viu Akira é como um católico que nunca foi à missa.


Gabriel Martins / Alternative Prison

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

Momotarō: Umi no Shinpei (1945)



Mangá é um nome que hoje em dia está associado à banda desenhada Japonesa.
No fundo Mangá é apenas uma palavra para designar a arte sequencial no Japão, mas no Ocidente sempre que é mencionada evoca exclusivamente o típico desenho praticado originalmente no Japão.
Sobre isto existe (no Ocidente) uma discussão sobre o que é mangá. Se se trata de toda a BD que siga este estilo (que sofre obviamente variações não é algo sempre igual mas com determinadas características em comum), e neste sentido Scott Pilgrim que é desenhado por um americano também é mangá, ou se mangá deve ser apenas a BD feita por japoneses. Como expliquei no início nenhuma destas definições está correcta, mas como para dividir a BD em estilos usar esta palavra até simplifica quando se anda às compras ou em conversas devo dizer que prefiro a primeira definição, ou seja, mangá é um estilo e não uma nacionalidade.
Ora com Animé passa-se exactamente o mesmo, no fundo é apenas uma abreviatura para animação, mas ao mencioná-la todos pensamos em animações de estilo japonês.

Momotarō: Umi no Shinpei ou em inglês Momotaro's Gods-Blessed Sea Warriors ou Momotaro, Sacred Sailors trata-se da primeira longa-metragem de animação japonesa (74 minutos)e foi realizada em 1944. Trata-se da sequela da curta Momotarō no Umiwashi do mesmo realizador, Mitsuyo Seo.
Seo foi convidado pelo ministro da marinha japonês a realizar este filme como um filme de propaganda para a II guerra mundial.

Escolhi este filme pela curiosidade em conhecer a primeira longa-metragem japonesa e por ser um filme de propaganda.
Infelizmente não encontrei legendas o que se provou um erro da minha parte. Sem resultados tive mesmo de o assistir sem tradução e por isso a minha compreensão do filme, apesar de ele ser simples, não foi total. A qualidade visual com que o encontrei também deixa algo a desejar. Preocupações que só me assolaram depois da escolha estar feita.



Momotarō trata-se de uma figura pertencente ao folclore japonês e que foi vastamente utilizada durante o período da 2º guerra.
O filme começa por demonstrar como vive Momotarō e os seus amigos (que são animais), porém o clímax do filme é a emboscada das tropas inglesas, liderada por Momotarō, na ilha Sulawesi. Um retrato fictício da uma batalha verídica em que o Japão tinha sido vencedor.

Estávamos no início de algo que iria deixar a sua marca na História, o Animé, algo que estava destinado a acontecer com ou sem este filme. Hoje em dia o Animé é um dos géneros de animação mais populares do mundo e merece todos os elogios que lhe têm vindo a tecer.


Gabriel Martins / Alternative-Prison